domingo, 26 de junho de 2016

Criptorquidismo em Animais de Estimação

O criptorquidismo é uma alteração reprodutiva em machos, caracterizada pela ausência do deslocamento de um ou de ambos os testículos da cavidade abdominal para o escroto. Os testículos, nesses casos, podem permanecer no tecido subcutâneo da área pré-escrotal, no abdome ou na área do anel inguinal. É uma doença hereditária autossômica, ligada ao sexo, portanto, embora somente os machos manifestem os sintomas, as fêmeas podem ser portadoras do gene responsável.


Os testículos dos cães ainda permanecem dentro do abdome após o nascimento e devem descer naturalmente para a bolsa escrotal, junto com o crescimento do animal. Esse processo de descida testicular deve completar-se até os seis meses de idade, quando, na maioria dos cães, o anel inguinal se fecha. Porém, os testículos podem ser palpáveis no interior do escroto em períodos que variam de 10 a 42 dias de idade.

Casos unilaterais, aqueles em que apenas um testículo não chega até o escroto, são mais comuns e quando o problema é observado nos dois testículos, é denominado de criptorquidismo bilateral. Esse problema pode acometer qualquer espécie entre os mamíferos, e, dentre os animais domésticos, pode ocorrer em gatos, porém é mais comum em cães. Quando o criptorquidismo for bilateral o animalzinho será estéril, e, quando for unilateral, ele ainda será capaz de produzir espermatozoides normalmente, podendo então se reproduzir. Porém, como é um problema congênito, ou seja, um problema que pode ser transmitido aos filhotes descendentes, deve-se evitar a procriação desses animaizinhos.

Além de passar esse problema às gerações futuras, animais criptorquídicos apresentam maiores chances de desenvolverem tumores testiculares (câncer no testículo ectópico, aquele que não desceu até a bolsa) do que os animais normais. Portanto, indica-se que animais criptorquidas sejam castrados e também que seja feita uma cirurgia exploratória do abdome (laparotomia exploratória), para primeiro se localizar o testículo ectópico não palpável e, então, a posterior retirada do mesmo.

O diagnóstico dessa doença pode ser feito pela avaliação visual e, para melhor localização do testículo ectópico, pode ser necessário o uso de ultrassonografia. Mas, muitas vezes esse problema passa despercebido pelo dono, e isso pode gerar problemas mais graves, como tumores, os quais exigem tratamento mais complexo e podem trazer riscos ao paciente. Ou seja, é muito importante observar se há qualquer anormalidade nos testículos de um cãozinho enquanto jovem, assim ficará muito mais fácil o tratamento e também evitará a procriação de descendentes com o mesmo problema. Com todo carinho e atenção, você vai garantir a saúde e a maior longevidade do seu bichinho, deixando-o satisfeito e cheio de energia para gastar todos os dias.

Fonte: http://dicas.petlove.com.br/

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